Capitulo
4
Acordei todo dolorido, afinal eu
dormi no sofá para que Holly tivesse um lugar para dormir. O despertador ainda
estava tocando então o desliguei, me levantei, estiquei a coluna – estalou
tudo, me deixando com uma sensação de acordado – esfreguei os olhos, e fui até
o segundo andar.
Abri a porta do quarto do papai,
ele não havia dormido em casa, droga, dormi no sofá atoa, pensei, esmurrei a
porta, mais recolhi a mão imediatamente quando lembrei que Holly dormia no
quarto ao lado. Andei um pouco e cheguei no meu quarto, abri a porta de vagar
para não acorda-la. Holly estava deitada de lado, com as mãos sob o travesseiro
e apoiando a cabeça sobre elas, como uma princesa, sorri um pouco. Mais lembrei
que tinha que me arrumar para a escola, então eu entrei no quarto na ponta dos
pés e abri o guarda roupa.
Precisava de uma roupa para a
escola, não queria usar a mesma de ontem, e ainda tinha que ir a uma
costureira. E eu ainda precisava de uma blusa para eu poder usar...
-Vai com a blusa azul claro,
combina com o seu cabelo.
Virei com velocidade, Holly
estava sentada na cama de perninhas de índio, seus olhos estavam acesos, e ela
não estava com nem um pouco de cara de sono.
-Não gosta de azul? – falou ela
com sua voz doce de sempre enquanto prendia o cabelo em um coque alto e
bagunçado.
-Me assustou – desabafei em fim
respirando fundo.
-Desculpe – riu ela – Só queria
ajudar, e eu tenho sono leve – disse dando um sorriso delicado e simplório.
-A azul é legal – tirei a blusa
do cabide – Tem certeza?
-Claro, a azul fica lindo com seu
cabelo preto, te deixa mais charmoso – disse ela sorrindo.
-Hum – analisei a blusa – Gosto
de parecer charmoso – brinquei arrancando uma risada da Holly.
Arranquei a blusa de flanela do
meu pijama do corpo, que passou suavemente pela cabeça, peguei a blusa azul e
passei pela cabeça, e por fim a desamarrotei.
Me olhei no espelho.
-É, não ficou mal.
Holly não falou nada, apenas
sorriu. E do nada deu um pulo da cama.
-Vou para casa, Marcy vai me
deixar de castigo se eu não aparecer para estudar.
-Onde você estuda, achei que só
houvesse uma escola em Village Wood.
-Tutores particulares.
-Sério? Achei que fossem caros –
a família Miller não tinha dinheiro para pagar tutores.
- E são, mais alguém paga para
mim – ela se endireitou – Eu vou indo então. Boa aula – falou ela fazendo um
sinal com a mão, e batendo na minha blusa para que o amarrotado saísse – Devia
passar suas roupas.
-Infelizmente eu não sei – também
bati na minha blusa para finalizar o trabalho.
-Qualquer dia desses eu te ensino
– ela sorriu e saiu do quarto, pude ouvir seus passos leves e rápidos descerem
a escada, abrirem a porta e deixar a casa.
Após a saída de Holly, desci e
tentei preparar um café, para uma pessoa que nunca fez café na vida até que
ficou bem gostoso. Lavei a xícara, e quando dei conta percebi que precisava
correr para a escola.
“A escola não tolera atraso” ,
foi o que Emma Grimmer me disse, faltava alguns minutos quando eu cheguei na
escola, após uma corrida, meu coração estava acelerado, me encostei no poste do
pátio para eu poder recuperar o folego.
-Nem entrou para o time e já está
cansado? – brincou Emma.
-Bom dia – falei recuperando o
folego.
-E aí, vai entrar para o time –
ela deu um tapinha nas minhas costas me obrigando a seguir em frente – Te
aconselho a entrar logo, depois as atividades extras são do tipo impopulares e
péssimas.
-Você se preocupa muito com
popularidade, Emm – olhei para ela a julgando – O time de basquete não está
fechado está?
-A fala sério Ben, basquete?
Somos da equipe de lideres de torcida do futebol, te falei ontem. Porque não
entra para o futebol, bem melhor.
-Me desculpa Emma, mais futebol e
eu não nos damos bem mais o basquete, o basquete é outra coisa.
-Traidor –brincou ela – Talvez
minhas amigas não gostem muito de você, como eu disse temos muita rivalidade em
Village Wood.
-Só espero que não me torturem –
brinquei.
-Só um pouquinho – respondeu ela
na brincadeira.
Estávamos caminhando para dentro
da escola, o sinal bateu, eu havia chegado na hora e estava feliz por isso.
Assim como ontem, quando o sinal bateu todos correram para suas salas. Fiz o
mesmo.
Entrando na sala, felizmente Emma
havia perdido a entrada na outra classe e acabou caindo na minha, fiquei feliz
por vê-la. Ela se sentou em uma cadeira ao lado da minha no fundo da classe.
Ela ficou parte da aula falando
com uma garota que estava na frente dela. E assim que bateu o sinal para a
troca de aula fez questão de me anunciar.
-Ei Mel – disse ela dando
tapinhas no ombro da garota que sentava na umas fileiras na nossa frente – Não
que eu tenha que te falar alguma coisa, afinal você é a traidora do basquete,
mais eu vou ser gentil – ela foi até onde eu estava e me puxou – Esse é Ben,
ele vai fazer o teste para entrar para o time de basquete. E ele é bom – apesar
de Emm nunca ter me visto jogando, ela afirmou aquilo, eu era bom, mais imagina
se não fosse.
-Nesse caso – Mel se aproximou –
É um prazer, Ben. Sei que vai gostar muito mais da galera do basquete, e as
meninas também – ela deu um sorriso, Mel era linda, possuía cabelos castanhos
soltos e lisos, repousados em cima do ombro, seu uniforme engomadinho te davam
um ar de classe, mais ela possuía um olhar sensual, o que me indicava que ela
não fazia parte do clube de castidade.
-O prazer é meu – apertei sua
mão.
-Ei Brucy, Hank – disse ela se
virando para dois garotos que papeavam – Ele vai tentar uma vaga.
-E aí novato, você acha que
consegue? – falou o tal do Hank um negro alto e forte, ele também possuíam o ar
de nobreza, assim como a garota, talvez todo o time de basquete tivesse esse ar
de superioridade, e eu não via a hora de fazer parte desse grupo.
-Creio que sim, posso não me dar
bem com as matérias mais na quadra, eu arrebento.
-Confiante – aspirou Hank – Acho
que se você manda bem te colocamos no time sem testes, afinal a lista está
cheia.
-Como faço para provar a você que
mando bem?
-Bate uma bola com agente hoje a
tarde – se pronunciou Brucy, que apesar do nome forte era um tanto magricelo,
sua pele clara contrastava com seus cabelos loiros mel.
-Quando e Onde?
-Aqui na escola, depois do ultimo
sinal, se mandar bem, bem vindo ao time, se não, você corre para os bobões do
futebol americano.
-Eii - protestou Emm, ao ver seu time ofendido – Os feras são de mais!
-Sim, a equipe de basquete – relutou
Mel, jogando sua franja para o lado.
Achei que elas fosse cair na
porrada, rolar no chão e puxar o cabelo umas das outras naquele momento, fiquei
até feliz porque alguém poderia ter a blusa rasgada e por sorte seria Mel, que
tinha bem mais corpo que Emm. Mais nada ocorreu.
No final do dia, estava ansioso
para bater o ultimo sinal para mostrar para os feras do basquete quem seria o
novo integrante do time. Vibrei e corri para fora da sala quando o sinal bateu,
corri para quadra e quando cheguei lá, eles já estavam a minha espera.
-Esses são alguns dos garotos do
time – falou Hank – Brucy, que você conheceu mais cedo, Stiff , Billy nosso
pivô, Carlitos – falou ele com um sotaque forçado – ele é mexicano e é nosso
armador. Nós vamos jogar com você.
Começamos o jogo, no começo achei
impossível, eles eram muito bons, mais logo peguei o pique, eles corriam rápido
e pulavam com muita destreza. Mais eu também era bom, sempre joguei basquete.
Estranhamente no meio do jogo me peguei lembrando de algo que ocorreu a muito
tempo atrás.
Eu jogando basquete com Holly, é
isso aí, e ela jogava melhor que eu, sim a pequena Holly jogava melhor que eu,
mais isso foi a muito tempo. Estávamos no jardim lá de casa, a cesta de
basquete estava armada, e não estava enferrujada como hoje esta.
E fiz A cesta, a decisiva.
Vencendo o jogo.
No fim de tudo, me sentei nos
degraus da arquibancada e enxuguei o suor, estava pingando, mais havia provado
o meu valor.
-É cara – disse Hank se sentando
do meu lado, também enxugando o suor da testa – Você manda bem, não tanto
quanto eu. Mais pode ser um fera – disse ele, fazendo um trocadilho em
referencia ao nome do time, os feras – Bem vindo a time.
-Valeu cara – falei sorrindo e
apertando sua mão. Hank me parecia uma pessoa muito legal.
Ele de levantou e seguiu andando, quase no
final da quadra ele gritou.
-Ei, novato! – acenou ele – Vai
se bom se você andar com agente, vai se enturmar melhor.
-É claro – gritei de volta.
-Até amanha! – gritou ele por fim
e saiu da quadra. Sozinho, comemorei a entrada no time, agora eu era um FERA.
Village Wood aqui vou eu.
Na saída Emm me apresentou sua
melhor amiga e fiel seguidora, Leona, uma menina alta extremamente magra de
cabelos cacheados, era como uma modelo, uma supermodelo.
-Eu te vejo amanha? – perguntou
Emm, na despedida.
-Claro, afinal agora que sou um
Fera oficialmente, não vou querer faltar as aulas, para não deixar o time mal
falado – brinquei.
-Olha – falou ela risonha- mais
ele está se achando.
-Só um pouquinho – disse como um
tchau e segui meu caminho.
Chegando em casa, percebi que me
pai havia passado por lá, um bilhete na mesa da cozinha e uma marmita, era tudo
que indicava sua passagem pela casa. É eu tinha que admitir, meu pai tinha um
papel fundamental na delegacia.
Capitulo
5
- Aonde vamos minha guia? –
perguntei para Holly, que estava sentada no meio fio, assim como na noite
anterior.
-Dar uma volta – sugeriu ela com
um olha brincalhão, ao mesmo tempo em que se levantava.
Ela estava de pé, e era a
primeira vez que eu via Holly vestindo realmente roupas, porque um blusão
branco manchado de milk-shake e um pijama não eram bem roupas apresentáveis.
Mais dessa vez ela estava com uma calça jeans, por causa do frio e uma blusa de
moletom azul claro da Gap. Seu cabelo estava solto e de lado, o que a deixava
mais bonita ainda, ela usava um laço vermelho no cabelo, que a deixava ainda
mais pálida do que já era.
-Está bonita – falei a
examinando. Não sei bem porque, mais mesmo não me lembrando de minha infância
com Holly, sentia liberdade para falar muita coisa com ela, e ser eu mesmo.
-Obrigada – ela libertou um
sorriso meigo e apertado, sem mostrar os dentes – Então – disse ela ainda com o
sorriso – Vamos?
-Claro - fiz um sinal para ela
andar na frente.
Andamos até o final da rua e
viramos no bairro seguinte, estava esfriando e eu não tinha casaco.
-Ei – comecei – Hoje, na escola,
me lembrei de você.
-É? – perguntou ela surpresa – E
a que devo essa honra? – brincou ela fazendo uma reverencia
- Basquete – não precisei falar
mais nada.
-Ainda joga? – ela se animou,
abrindo um sorriso enorme em seu rosto. Um lindo sorriso para um lindo rosto.
-Claro, e que eu me lembre,
alguém aí era melhor que eu – impliquei a cutucando na cintura, onde ela sentia
muitas cócegas.
-Ainda jogo, mais lá na sua cesta
velha – falou ela.
-Na minha cesta? – perguntei
estranhando a confissão – Que menina abusada – eu brinquei.
-Sim – disse ela arregalando os
olhos – Nossa sexta.
-Tudo bem então se você diz –
encerrei o assunto. Mais depois de alguns segundos, Holly caiu na gargalhada, o
que me fez rir, mesmo sem ter motivo.
Seguimos conversando até o
destino misterioso. Chegamos até um lugar, um galpão. Logo atrás começava a
correr um rio que seguia bosque a fora.
-Vem, vamos entrar – disse ela me
puxando para dentro.
O galpão tinha cheiro de mofado,
e tinha as paredes escurecidas, como as de uma casa incendiada. Mais era um lugar aconchegante, e um ótimo
refugio para o frio. No meio do galpão tinha um sofá.
-Vem senta aqui – disse Holly se
jogando no sofá, que rangeu mesmo com seu peso leve.
-O que é isso tudo? – perguntei
indicando o galpão com a cabeça.
-É o lugar que eu venho para
pensar, para ficar quando estou triste,
ou quando sentar na calçada não basta – explicou ela enquanto eu me sentava.
-Parece ser um lugar maravilhoso
– ela revirou os olhos achando que eu falava com sarcasmo – Não é brincadeira.
Estou falando sério, eu gostei, tem cara de... casa
-Casa, eu não sei o que é isso.
-Sinto muito - não tinha motivo
para eu me desculpar, e sim para a Marcy, antes eu havia sentido atração por
ela, mais agora sentia nojo, fazer isso assim, colocar a filha para fora de
casa para que ela se divertisse e bancasse suas luxurias, isso me enojava. E me
faz ver como a pequena Holly era forte.
-Ei – falou ela comendo algo, ela
esticou um saquinho de papel me oferecendo, hesitei por não saber o que era,
mais aceitei, era um doce açucarado e delicioso – Sua mãe, como ela está?
-Sério mesmo que quer falar sobre
ela Holly?
-Sim, senhorita Davis era muito
gentil, me tratava muito bem.
-Sério? – sorri imaginando –
Queria me lembrar disso.
-Eu posso te lembrar de tudo, é
só perguntar – ela abocanhou outro doce.
-Ok - falei me sentando de lado no sofá – O que
fazíamos nas sextas a noite?
-Pizza na garagem, ouvindo
musicas dos anos 80 – disse ela fazendo uma careta – Seu pai adorava.
-Aonde sempre íamos quando
passeávamos ?
-Em lugar algum as vezes, saímos
sem rumo, nossos pais sempre nos deixavam livres, Village Wood era mais segura.
- Quem era melhor na escola, eu
ou você?
-Infelizmente você, mais eu sou
melhor no basquete – ela deu um sorriso, erguendo a sobrancelha, era um olhar
desafiador – E ainda sou.
-Não sei disso não! – a desencorajei .
-Qualquer dia desses eu te
mostro.
-Quero só ver.
Ficamos conversando alí umas horas,
o tempo passou voando, e sempre era assim quando eu estava com Holly. Estava
confirmado, eu realmente conhecia Holly, não importava que eu não me lembrasse
de praticamente nada, mais eu me sentia a vontade quando estava com Holly, e
isso me fazia muito bem.
Comemos o resto do doce, e
fizemos até um campeonato para quem acertava mais doce na boca do outro, eu
perdi, realmente ela tinha uma ótima mira. Quando
nos demos conta já passava da meia noite.
-Devemos ir agora, já esta tarde-
falei abrindo a apertada passagem do galpão.
-É melhor corrermos, é um tanto
perigoso.
-Obrigada por me encorajar –
brinquei de um modo sarcástico.
-Foi mal – sorriu ela – Vem,
vamos – ela me puxou pelo braço e disparou.
Corremos para casa a toda
velocidade, cheguei ofegante na minha casa, exausto. Na minha casa me surpreendi
com o ronco vindo do sofá, meu pai estava em casa, tinha algum tempo que eu não
o via, apenas recolhi a bagunça da mesinha de centro e fui me deitar.
Capitulo
6
2 meses depois
-Bom dias – falo Emm
ainda esfregando os olhos, ela parecia bem cansada.
-Oi –
respondi – Parece cansada.
-E
estou, fiquei fazendo dever até tarde – ela tentava manter os olhos abertos.
Eu
acreditaria plenamente no que Emma dizia, a não ser pelo fato de Mel, a garota
da torcida do basquete ter me falado que ela e Peter Grover haviam saído ontem
a noite. Emm era uma boa garota, mais mentia muito, e saia com qualquer um,
isso tirava o seu encanto, mais eu ainda estava tendo que controlar minha queda
por ela, afinal era só uma amiga, por enquanto.
-Vem
garoto – falo Mel me puxando pelo braço.
-Bom
dia – falei seguindo seus passos.
-Bom
dia – finalmente ela sorriu como se ao se afastar de Emm fosse mais feliz, mais
isso era devido a rivalidade – Vamos o Hank está te procurando.
-Claro –
avistei ele logo afrente de nós, fiz um aceno com a mão e ele respondeu.
A
verdade é que eu e Hank nos demos muito bem, ele era ótimo e amava basquete
como eu, ele era bom em historia e eu em matemática, o que dava para trocar
favores na hora de estudar, ele adorava milk-shake de chocolate e compartilhávamos
nossa paixão secreta por os mais procurados da américa, o programa de TV.
Nesses dois meses em que nos conhecemos somos bons amigos.
E Mel,
ela era uma líder de torcida, mais não era promiscua que nem Emm, era dedicada
a torcida e não fazia isso para ser popular, era do tipo de garota que tinha
maquiagem no rosto e muito cérebro, e não apenas conversas idiotas. O que me
atraia muito nela, formamos um grupo, os três mosqueteiros, formados por mim,
Hank e Mel. Que como toda garota vem com outra de brinde, e no caso da Mel o
brinde era Meg ( irônico não?), elas eram bem diferentes, Meg era mais avoada,
mais era uma menina bonita e divertida. Lembro de ter ficado com ela um vez ou
outra, afinal não estou morto.
E já
que Emm estava muito ocupada, servindo o time de futebol, eu tinha que esperar.
Não estávamos tendo muito coisa interessante na escola, mais o campeonato de
basquete estava perto, o que me animou bastante. Eu e Hank passávamos todas as
aulas discutindo as jogadas, até que fomos mandados para diretoria por falar em
hora oportuna, mais tirando isso está tudo em sua perfeita ordem. Toda
a noite saia com Holly e fazíamos nosso programa, e Holly tinha uma imaginação
muito fértil, uma lista das coisas que fazíamos ia de escorregar no sabão,
pular da ponte, correr atrás das ovelhas no pasto, se esconder no feno da
fazenda vizinha, jogar bolas de tintas nas mulheres com casaco de pele que
passavam no centro ( admito que isso era um pouco maldoso, mais a cara delas
era hilária ), roubar pão da casa de pães, latir para os cachorros e deitar no
campo, em uma clareira no bosque e olhar para a lua. Era um tanto divertido,
mais com tantos assassinatos e uivos de lobos, excluímos
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