-Ei cara – falou Hank cutucando meu ombro por trás da minha
cadeira – Não liga para o que as meninas falaram, A Miller não é assim, mais
francamente, depois de tudo que ouve não acho que ela devia ter voltado para a
escola.
-E o
que de tão errado ouve aqui afinal?
Antes que Hank me dissesse a porta da sala se abriu e Holly
entrou. A sala mergulhou em um poço de silencio.
-Bem vinda de volta vadia – disse
Emm sobre o silencio.
-Se sou uma vadia – começou Holly
– Você é o demônio.
Holly fez a sala inteira saltar,
e zombar da cara de Emm. Já pude sentir a rivalidade entre elas. Talvez eu
soubesse porque Holly tanto odiava a escola.
-Senhorita Grimmer – falou a professora
Mercedes - Para fora de sala, xingar
outra aluna é infração gravíssima.
-Você proteger a vadia não muda
nada senhorita Mercedes – disse Emm
saindo de sala.
A sala estava um alvoroço.
Professora Mercedes deu um grito que fez todos se calarem e voltassem ao dever.
Menos Holly que passou a aula com fones de ouvidos.
O time de basquete foi liberado
de duas aulas. Treinamos bastante mais ainda estávamos longe do nível do outro
time, algo me dizia que não ganharíamos essa disputa, e então adeus as competições
estaduais e aí o time seria fechado, e adeus o primeiro motivo para eu ir a
escola.
Estava
na saindo da escola quando vi Holly encostada na arvore do pátio, e todo mundo
não falava nada a não ser sobre ela. Fui em sua direção.
-Estava
te esperando para ir para casa – falou ela com um sorriso no rosto.
Fiz que
sim e saímos andando, não via a hora de sair da escola. Assim que cruzamos o
portão desabafei.
-Porque
você saiu da escola?– falei freando o passo e a encarando – Porque todo mundo
te conhece e porque a Mel e a Emma te odeiam tanto?
-São
muitas perguntas Ben – sorriu ela – Pega leve vai – ela tornou andar sem nem
responder alguma de minhas perguntas.
-Ei,
ei, Holly – corri para alcançá-la – Porque não me fala?
-Porque
não é algo que eu queira dizer para você – falou ela bravamente.
Ela
seguiu em frente sem esperar, na verdade correu, eu continuei andando bem
devagar. Quando cheguei na rua de casa ela estava sentada no meio fio de frente
a minha casa, e parecia chateada.
-Desculpa
– começou ela – Não quis ser grossa. Só
não gosto de falar sobre isso.
Me sentei do seu lado, odiava ficar bravo com Holly, mais
ela estava impossível.
-Sabe
que pode me contar tudo – falei calmamente.
-Sei –
ela afirmou com a cabeça – Mais não consigo.
Me dói pensar nisso.
-Então me conta, mesmo que eu não
possa te ajudar – olhei em seus olhos – Por favor.
-Tudo bem – desistiu ela – Eu não
sou muito bem vinda na escola, por isso tinha tutores. Quando eu fui presa foi
meio difícil voltar para a ...
-Presa? – não pude esperar ela
continuar – Você foi presa?
Ela concordou com a cabeça. Eu
jamais imaginaria um anjo como Holly sendo presa. E pior ainda, o que ela havia
feito para ser presa.
-Porque? – ela me olhou com os
olhos cheios de agua, então percebi que não devia falar sobre isso com ela -Desculpa, não devia ter perguntado.
Me levantei entrei na minha casa
sem olhar para trás.
Capitulo
10
Fui tomar banho. A agua estava
assombrosamente gelada, o aquecedor estava quebrado, então detestei o clima
frio de Village Wood que aumentava cada dia mais. Meu pai falou que o mecânico
ia chegar amanha para poder concertar o aquecedor, mais meu pai andava tão
ocupado e eu ainda tinha que dar um jeito de “roubar” os arquivos sem resolução
do escritório dele, a pedido de Hank, então o frio ficaria por ultimo.
Deitei
na cama, e emergi no sono.
-Oi –
falou Emma – E aí, já decidiu?
-Sim –
falei de vez – Como se houvesse algo para decidir.
-É isso
aí garoto – falou ela me dando uns tapinhas de parabéns no peito. E me beijando logo em seguida, um beijo quente
e demorado, ela começou a beijar meu pescoço e der repente senti uma dor
incomoda que aumentou a cada segundo. Emma
havia me mordido, e o sangue escorria pelo meu pescoço sujando toda a minha
blusa que der repente se transformou em uma capa de sangue, e tudo ao meu lado
se dezfez e enormes poças de sangue, e tosas as pessoas que eu conhecia estavam
caídas e sem sangue algum dentro de seus corpoS, papai, Holly, Hank, Cina, Meg
e até minha mãe.
Eu
acordei assustado, estava suado, meu corpo tremia, me ergui na cama e tentei me
acalmar.
-Está
tudo bem com você? – perguntou Holly.
-O que
você está fazendo aqui? – perguntei rápido de mais ,ainda estava muito nervoso
por causa do sonho.
-Não
conseguia dormir, desculpa te incomodar – ela estava sentada na ponta da minha
cama, estava abraçada com as pernas, seu cabelo estava preso em uma rabo de
cavalo alto, e com o mesmo pijama que a vi logo quando cheguei em Village Wodd.
-Tudo
bem – falei me sentando – Só não surge der repente, me assustou pequena.
-Porque
me chama de pequena – ela se aproximou se sentando mais perto – Temos a mesma
idade, e não sou tão pequena assim.
-É um
jeito carinhoso – expliquei ao mesmo tempo
me perguntando – Quer que eu pare?
-Não –
negou ela com a cabeça – Se é um jeito carinhoso tudo bem, gosto de carinho –
sorriu ela.
Ficamos
em silencio por um segundo.
-Teve
um pesadelo – falou ela calmamente – Está tudo bem mesmo?
-Acho
que sim, é tudo culpa de Hank que coloca essas historias de vampiros na minha
cabeça.
-Vampiros?
– ela ficou séria – O que teme eles?
-Não
vai me dizer que acredita neles? – falei um pouco risonho.
-Sim –
seu olhar era assustado. Ela se levantou da cama e fechou a janela e a cortina
correndo, e em seguida a porta do meu quarto – E você, por que não acredita?
-Porque
isso é faz de conta, Holly. Nada mais que isso.
-Tome
cuidado Ben, depois que sabe da existência deles, sua vida se torna mais
difícil, pode ter certeza. O que antes um simples urso deveria de explicação,
agora te causa pânico, porque você sabe que são eles.
-Então
está dizendo que esses incidentes com animais selvagens, assassinatos sem
explicação são eles.
-É
claro, Ben, assim como os humanos tem que comer eles precisam de sangue, é uma
maldição.
-Não
consigo acreditar, há tanta coisa real – sibilei – Tantos problemas, a física
pode explicar tantas coisas.
-Não
explica Deus, temos que ter fé – seus olhos iluminavam seu rosto, o quarto
estava mais escuro ainda sem a luz do corredor e que entrava pela janela.
-Não
acredito em Deus, Holly – houve um tempo que eu acreditava, mais passei por
tanta coisa, mesmo que nada comparado ao que vivia em Village Wood, e então
deixei de acreditar.
-Pois
devia, a casa de Deus é o único lugar que eles não podem entrar.
-Então
porque não tem medo deles, porque anda a noite por aí sozinha, porque não se
junta as pessoas porque não vai a igreja.
-Porque
não sou bem vinda aqui!– seus olhos se encheram de agua, havíamos retornado a
conversa de mais cedo.
-Não
precisa contar se não quiser – não queria que Holly chorasse de novo.
-Tudo
bem – falou ela dando de ombros – Ano passado no baile da primavera, os prédios
da escola estavam fechados, a festa era na quadra de basquete, estava a escola
inteira lá, estava legal, eu a Mel, Kendra e as meninas da torcida do basquete,
eu era a única menina do time, eu jogava muito melhor que jogo hoje. E o aluno
do terceiro ano, irmão da Mel, O Henry, ele era o capitão do time de basquete,
era um colega. Ele me chamou e disse que eu tinha que ir ao prédio da ala B,
que ele estava com a faixa que usaríamos para a entrada na próxima competição estadual,
e eu fiquei muito animada e fui com ele. Mais chegando lá não tinha faixa
nenhuma, e ele me agarrou, eu não achei que ele tinha essa intenção. Eu juro
que não, e eu só tentei me proteger, não fiz por querer, juro que não. -Ele abusou de você? – perguntei
indignado. Ela fez que sim chorando – Como alguém pode fazer isso?
Me
exaltei, como alguém poderia abusar da Holly. Holly Miller a garota bonitinha
que mora de frente da minha casa, a que não faria mal a uma mosca, a que joga
melhor basquete que muitos meninos. A pequena Holly.
-Eu
estava assustada e quando ele ia embora, eu acertei ele – falou ela apertando
as mãos.
-E ele
morreu – completei, ela fez que sim com a cabeça ainda chorando.
-Não
fiz por mal, mais tive medo, que ele contasse par alguém, ou que... Eu não sei,
não sei – repetiu ela varias vezes.
-Fica
calma – falei a abraçando, e acolhendo sua cabeça no meu peito – Está tudo bem,
já passou – seu cabelo já estava solto de tanto alvoroço que havíamos passado,
sua franja caia no olho, coberto de lagrimas.
-Eu fui
para a delegacia, e fique detida por um tempo, três meses no centro de
recuperação mental – ela engoliu o choro – no hospício, Ben. Eu fui abusada,
tive que me defender sozinha para não morrer e ainda sou taxada de assassina e
louca – berrou ela indignada – Mel era minha melhor amiga, e ele era o irmão
dela – ela deixou escapar uma lagrima – Eu fui expulsa do time de basquete e
não pude voltar para a escola. Antes eu tinha amigos que me defendiam dos
xingamentos da Emm e do preconceito de todo mundo ,mais agora eu não sou só a
aprendiz de biscate ou a prostituta júnior, sou também a louca assassina. Por
isso não voltei para a escola, por isso não saio mais de casa para lugares onde
essas pessoas podem estar. O seu pai acompanhou meu caso, e ele só me trata bem
assim porque teve pena de mim, e ainda tem.
-Me
desculpe por fazer você voltar para a escola – falei, odiava ver Holly tão
triste, e saber o tanto de coisa que ela havia passado.
-Mais
eu tinha um motivo para voltar dessa vez – falou ela delicadamente enxugando a
lagrima do rosto – Você.
Exprimi
um sorriso, porque eu estava quase chorando também, e ainda me sentindo pior
ainda, ser o culpado da vida de Holly Miller ter virado um caos de novo. Ela
abriu um pequeno sorriso delicado em meio as lagrimas, como o arco-íris que
abre depois de uma tempestade, e pela primeira vez naquele dia frio eu sentia
calor.
Aproximei-me
mais ainda dela, até demais.
-Ei,
Holly... – sussurrei – Posso... te dar um beijo – falei olhando fixo em seus
maravilhosos olhos.
-Se
quiser – ela desviou o olhar – Mais não vai ser fácil daqui para frente.
-E não
precisa ser, desde que você esteja aqui – sussurrei de volta.
Inclinei um pouco para frente, já
estávamos próximos, então a beijei, não era como o beijo do sonho que dei em
Emm, era frio, doce e molhado pelas lagrimas. Um beijo interrupto e bom.
Coloquei minha mão em sua nuca a puxando mais para mim, seus cabelos
esbranquiçados se entrelaçaram em meus dedos, eram macios e finos. Beijar Holly era
como beijar um anjo, ela me atraia cada vez mais para ela. Queria parar ao
lembrar de que ela foi abusada e poderia ter medo, algum trauma quem sabe, mais
eu não podia me conter. E nosso beijo já tinha virado um amasso, e já estávamos
ali a algum tempo. Não possuía mais ar em meus pulmões, mais parecia que Holly
ainda aguentava um bom tempo, parei para retomar o ar e me afastei por um
segundo.
Apesar de toda essa interação
Holly ainda estava magicamente bonita e seus olhos iluminados pelas lagrimas,
ela estava ofegante, e muito atraente.
- Ben – ela falou ofegante-
Porque voltou?
- Como?
- perguntei distraído
passando minha mão por suas costas e a puxando para mim.
-Por
que voltou para Village Wood?
-Não
importa – falei afastando uma mecha de seu cabelo do seu rosto com dificuldade
pois nós estávamos muito próximos – Eu
nunca deveria ter ido. Nunca deveria ter deixado. Poderia impedir tudo isso.
-Não –
sussurrou ela , podia sentir o ar frio que saia de sua boca bater contra o meu
rosto – Tudo que acontece tem um propósito, Deus sabe o que faz.
-Deus? Porque
confia em alguém que deixou você ser.... – não diria estuprada assim tão perto
dela.
-Porque
é a única pessoa em que eu posso confiar.
-Pode
confiar em mim – falei.
-Eu
sei- ela beijou minha bochecha, o meu queixo, o meu pescoço me arrepiando todo,
me lembrando do frio que estava mais cedo. E depois a minha boca.
Seu
beijo era gostoso e me atraia, devia ser lá pelas quatro da manha. Desci minha
mão pelas suas costas colando seu corpo no meu, sua camisola era macia, de
seda, e escapulia entre meus dedos. Agarrei sua cintura com minhas mãos, e a
levantei a colocando por cima de mim, suas pernas se agarravam a minha cintura formando
nosso corpo um só.
Seu cabelo
caía no meu rosto, nos meus ombros no meu corpo. Arranquei minha blusa com
veracidade, que deslizou pela minha cabeça. Suas mãos geladas tocaram meu
corpo, sua mão era macia, delicada, assim como ela.
A
fronha se agarrava cada vez ao meu pé, a cada movimento a cada beijo. Puxei a
perna e a fronha se agarrou me desequilibrando e me lançando ao chão junto com a Holly.
Imediatamente ouvi um barulho e em seguida a maçaneta da porta se mexeu, pulei
para cima da cama imediatamente.
-Ben? –
falou meu pai no escuro procurando o interruptor, ele achou e a luz se acendeu
– Está tudo bem, ouvi um barulho.
-Está
sim, eu só...só – pensa, pensa – Fui ao banheiro.
-Ouvi
vozes - pensei que tivesse entrado um
ladrão e aí esse barulho.
-Não é
nada, está tudo bem – estava, até cairmos da cama.
-Então
tudo bem, e dorme logo, não vai querer ficar acordado na escola – meu pai
apagou a luz e fechou a porta.
Dei um
pulo da cama para socorrer Holly.
-Está
tudo bem? – perguntei ascendendo a luz.
- Sim –
riu ela me puxando para o chão também, ficamos deitados no chão olhando para o
teto rindo – Essa foi por pouco – disse ela em meio das risadas.
-É – confirmei
recuperando o folego – Nem sei como eu cai.
-Você
estava distraído de mais – falou ela subindo em cima de mim – Comigo.
-Ainda
bem que você sabe – ela me deu um beijo, e então comecei a fazer cosquinhas
nela que começou a se contorcer e dar risadas.
Suas mãos me empurravam sem sucesso e sem sessar as cocegas. O sua
risada era gostosa e seu sorriso lindo.
-Ei –
disse ela tentando respirar – Preciso ir – ela estava ofegante. Parei com as
cocegas e me ergui, estiquei a mão e ela a usou para se levantar.
- Quer
que eu te leve lá em baixo?
-Não
precisa –falou ela arrumando o cabelo – Você é um garoto muito barulhento.
-A eu
sou?– falei puxando ela para mim e a beijando. A libertei deixando que ela se
afastasse de mim – Dorme bem.
-Sim –
falou ela dando um leve adeus com a mão e fechando a porta do quarto.
Capitulo
11
O despertador tocou, parecia que
eu havia dormido apenas cinco minutos. Mas eu não reclamaria, afinal eu havia
tido uma noite bem agitada com Holly, mesmo com o incidente da queda.
Me
arrumei para a escola e desci para tomar o café, havia acabado então acabei
tomando agua e comendo uma rosquinha. Meu pai ainda estava dormindo, e não quis
acorda-lo, não com tanto trabalho que ele teria ao longo do dia.
Abri a
porta de casa, atravessei a rua, sentei na calçada em frente a casa de Holly,
ela não iria demorar muito.
-Oi –
falou Holly surgindo por trás de mim.
-Oi –
sorri para ela e me levantei da calçada.
-Está
com sono? – perguntou ela sorridente.
-Não,
boba – o seu sorriso era enorme.
-Está
preparado para o jogo de hoje? – perguntou ela mudando de assunto.
-Jogo?
- perguntei, será que eu havia esquecido
de algum jogo, mais se fosse o caso Hank estaria me ligando de dois em dois
segundos – E o que de especial vai ter no jogo de hoje.
-Nada
de especial, a não ser o novo integrante do time, ele vai estreia hoje, dizem
que joga bem.
-Sério,
não fiquei sabendo de nada.
-Mais
eu sim – disse ela sorrindo.
Chegamos
na escola, o sinal já tinha batido então deixei Holly no armário dela, que era
logo na entrada e corri para o meu armário. Mais era tarde de mais para poder
entrar na classe de biologia, fiquei do lado de fora esperando. Estava quase dormindo
em uma das muretas do corredor quando fui surpreendido por Emma.
-Bem,
Ben, Ben – disse ela se sentado de frente para mim – Dormindo tarde, hein?
Antes você não perdia aula.
-As
vezes eu não durmo muito bem, pesadelos – expliquei.
-Tem
certeza que não é culpa da aprendiz de vadia? – ela abriu um sorriso – Ela é
boa nisso, o Henry também caiu direitinho. E depois morreu, cuidado Ben.
-Para
de implicância vai Emm, gosto de você,
menos quando fala assim da Holly. Vai – falei pegando sua mão – Não me faça
ficar com raiva de você.
-Ben,
não quero te deixar com raiva, só quero te ajudar – ela se aproximou – Não
quero ter outro “amigo” sacrificado – sussurrou ela.
-Sacrificado?
- do que Emma estava
falando afinal.
-Henry
foi sacrificado, Ben, logo alí – ela apontou para o prédio da ala b, o prédio
de entrada proibida.
-Não
foi isso que aconteceu – era claro que ela só estava querendo inventar algo
sobre Holly.
-Ela é
uma bruxa Ben, uma bruxa disfarçada de anjo. Não caia nessa Ben. Ela só vai te
matar quando tiver chance.
-Não
fale como se fosse um truque – sibilei.
-Você
acha que eu não sei Ben, mais eu conheço sua protegida – ela deu um meio
sorriso – Cada atitude dela, porque, ela não faz nada de novo, com todo mundo é
igual. Você vai ser o próximo Henry, e o próximo vai ser como o Ben, e assim
por diante. Ela não tem sentimento.
-Emma,
por favor, não precisa inventar isso tudo e além do mais ... – mais ela não me
deixou terminar de falar
-Não
Ben. Não estou inventando – seu olhar era sério – Quando ela sorri para você
bem devagar apertando os olhos, ela vira a cabeça deixando os cabelos
caírem sobre os ombros, e você fica
olhando magicamente para isso. O jeito meigo dela reparar em tudo e sempre
falar com aquela voz irritante e doce, a pele fria, tão indefesa – ela gargalhou
– Francamente Ben! Não seja estupido, ela é uma criança que quer chamar atenção
e depois te matar e fazer sabe o que la o que mais ela faz com o corpo, Vodu?
Magia negra?
-Emma...
-Acha
que eu estou mentindo, posso provar – ela começou a se levantar da mureta, o
sinal em breve bateria – Quando você olhar para os olhos dela e achar que são
as coisas mais incríveis que você já viu no universo, sacuda a cabeça e pare de
olhar para eles, ela não vai gostar, é assim que ela te conquista e depois te
mata – ela já e estava em pé e saiu caminhando – Boa sorte Ben.
O sinal
bateu, mais não me mexi por um tempo, fui para o banheiro masculino e fiquei em
uma das cabines, não estava com cabeça para escola. Francamente, primeiro
vampiros
e agora bruxas, minha vida ia emergindo em um conto de fadas
barato.
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