terça-feira, 28 de agosto de 2012

Web Sixteen parte 20



Capitulo dezenove


-Lucy?  - gritei perplexa – Como pode ser você?O que está acontecendo aqui?
-Emma, tão doce e inocente. Pena que é tão burra também, não é! – ela agarrou meu cabelo, ela o pressionava com tanta força, podia sentir os fios sendo arrancados.
-O que eu tenho a ver com seu sacrifício idiota.
-Nada, na verdade – ela falava naturalmente, enquanto dava voltas pela minha cadeira.
Ela possuía um sorriso no rosto, não o sorriso divertido e malicioso de Lucy, e sim um sorriso amedrontador e mortal. Tudo isso Emma ou Valentina se preferir – ela riu – É só um teatro, somos todos atores, todos nos fingimos fazer parte de sua vida, mas não fazemos, aquela historia de sangue manchado, eu mandei a Priscila encher sua cabeça com caraminholas.
-Como assim não é real? – eu estava muito confusa, já era a segunda vez que minha realidade mudava tão repentinamente.
-Nada disso existe. Essa sua realidade idiota não existe. Ou achou mesmo que sua vida era esse filme de mistério – ela me rodeava. As cordas que me atavam a cadeira estavam cada vez mais apertadas.
            -O que quer dizer com isso? – minha voz estava rouca, eu estava com sede.
            -Achou mesmo que era uma sangue manchado, tão idiota a ponto de acreditar em lendas. Acha que pode confiar em tudo que vê na internet?Idiota. Foi fácil, pegamos a primeira lenda que vimos e te fizemos acreditar que era verdade.
            -Então nada disso existe? Tudo que aconteceu esse ano, nada é real? – minha angustia havia de tornado raiva.
            -Não sabe nada não é?Não desconfio de nada, de ninguém?
            -Como poderia, era minha melhor amiga – ainda não compreendia como ela poderia fazer isso.
            -Não, não era sua melhor amiga. Nunca fui sua melhor amiga – sua voz era estridente, a rouquidão havia desaparecido.
            -Como não? – deixei uma lagrima escapar, sabia que me arrependeria por ter feito isso.
            -Acha mesmo que eu queria ser sua amiga?Fala sério Emma.Você é ridícula, idiota e sem graça.Mas mesmo assim todo mundo sempre gostou mais de você,  mais bonita, mais engraçada, mais gentil , mais inteligente.
            -Não seja idiota, ninguém gostava mais de mim do que gostava de você.Não acredito que isso está acontecendo por ciúmes idiotas.
            -Ciúmes idiotas?Não, nunca. Raiva, ódio talvez. Vingança com certeza.
            -Colocou areia no meu quarto esse tempo todo, para que eu achasse que eu tinha matado o Roy na praia.
            -Sim, foi um pouco difícil  recolher a areia todos os dia, mas felizmente temos pessoas que moram perto da praia.
            -Não me interessa nada sobre você e nada sobre essa gente nojenta!
            -Nem alguém que você conhece?Alguém que você goste muito, talvez? – seu rosto era de deboche.
            -Meu irmão! – gritei.
            -Não, pelo menos não mais.Soltamos ele assim que chegou, só precisávamos dele até você chegar aqui, agora eu tenho o que quero, não tenho motivo para matá-lo, ele é tão gato, seria um pecado.
            -Não tem mais ninguém! – gritei, minhas forças eram poucas mas estava revoltada com Lucy.
            -Sério?Ninguém, achei que houvesse uma pessoa, que você julgava especial.
            Minha cabeça doeu,sabia de quem ela falava agora.Mas o que ela estava insinuando, que Adam havia a ajudado com tudo aquilo, que aquele tempo todo tudo era só um plano, que nada que ele fez foi por mim e sim por ela, como ela podia insinuar aquilo.
            -Acho que você lembrou de alguém, não foi? – ela gargalhou.
            -Ele não faria isso.
            -E porque não?Porque ele gosta de você?Acha mesmo que é por isso – ela fez um biquinho debochado


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